Não conhece os Redonditos de Ricota? É a banda mais cultuada na Argentina! Confira e escute as músicas.
Você é daqueles que ama churrasco? Encare o bife de 800 gramas do La Cabrera, e chegue ao nirvana!! 
Se vier para a Argentina não deixe de provar um Fernandito, o drink mais famoso daqui!

Top 10 bebidas Argentinas que você tem que provar!


Fernet com coca



O popular Fernandito apareceu pela primeira vez no início dos anos 90 na cidade de Córdoba e rapidamente se tornou umas das bebidas alcoólicas mais consumidas no país (só perde para o vinho e a cerveja). Alguns jovens decidiram misturar a Fernet Branca (uma bebida amarga tomada por idosos italianos como digestivo) com Coca-Cola, foi sucesso instantâneo, com a alta graduação alcoólica do Fernet (39%) combinada com a ação energizante da cafeína e glucose da bebida cola. O sabor é bem peculiar, com o doce do refrigerante dissimulando o amargo do Fernet. O primeiro gole lembra pomada gelol (eu sei, você nunca tomou gelol...mas depois de provar a bebida irá entender, seu cérebro irá querer comparar com alguma coisa), não desista ainda,o segundo gole desce bem e depois do primeiro copo pedirá outro. Lembrando que a Fernet Branca é considerada um tônico digestivo com mais de 30 ingredientes entre ervas e especiarias, ou seja... evita a ressaca!



Suco de Pomelo 





Uma das coisas que todo mundo adora fazer quando viaja para algum lugar diferente é provar alguma fruta nova. No quesito frutas diferentes a Argentina é bem fraquinha, principalmente se comparamos ao Brasil. Uma exceção é o pomelo, um cítrico que parece por fora uma laranja imensa, tem o interior rosado e gosto amargo. Uma das coisa que mais sinto falta na argentina é suco de fruta (a primeira coisa que faço quando chego ao Brasil é tomar um delicioso suco de Cajú na lanchonete do aeroporto mesmo), aqui é só suco de laranja e muitas vezes é concentrado. Até o suco de pomelo é difícil encontrar, sinta-se sortudo se tiver no café da manha de seu hotel. Já o refrigerante de pomelo dá para encontrar em qualquer quiosco, ou se for ao supermercado é possível comprar suco de pomelo de caixinha.


Mate 






Essa bebida vai ser mais complicado para você provar, a não ser que tenha algum amigo argentino, já que não vendem em restaurantes ou bares. É bem parecido com o chimarrão tomado no sul do Brasil, a diferença básica é que enquanto no nosso país a erva é mais verde (consumida até um mês depois de cortada) e bem moída, aqui na Argentina fica estacionada durante vários meses antes de ser embalada para consumo e não é moída, as folhas de tão secas começam a se desfazer sozinhas. As cuias gaúchas também são bem maiores que as daqui. Não é tao comum ver um argentino no centro de Buenos Aires tomando mate (imagina ir trabalhar e levar no metrô lotado a cuia, erva e garrafa térmica). Mas nos lares é muito consumido no café da manhã e da tarde. Já no Uruguai consomem o tempo inteiro. Aqui o pessoal brinca que o traje típico do Uruguai é uma garrafa térmica debaixo do braço.


Vinho Malbec







Lembro que na minha adolescência no Brasil, vinho era de garrafão e tinha duas variedades: seco ou doce. Aqui na Argentina me apaixonei pelos vinhos e descobri os vários tipos de uva (Malbec, Merlot, Cabernet, Syrah, Borgonha, etc..) usadas em sua produção. Uma variedade específica, a Malbec, foi a que melhor se adaptou ao solo e clima da Argentina, especificamente na região de Luján de Cuyo, na província de Mendoza, onde temos o primeiro DOC (Denominação de Origem Controlada) das Américas. O Malbec é um vinho de corpo médio e taninos macios (é mais suave que o Cabernet por exemplo), cor vermelho-escuro, com aromas a frutas vermelhas, especialmente cereja e ameixa, quando envelhecido em barris de carvalho (ficam de dois a cinco anos), seus aromas tornam-se muito mais complexos, e podem aparecer notas de baunilha, couro, chocolate, café, tabaco, trufas ou cravo entre outros. O reconhecimento mundial pelo Malbec argentino culminou o ano passado com o vinho Famiglia Bianchi Malbec eleito o melhor do mundo(ver post), ganhando de 3425 vinhos de 43 países. 


Cerveza Quilmes







Ca pra nós...na verdade tem cerveja muito mais gostosa aqui (como por exemplo a Patagônia, a Isenbeck, Imperial, etc...). Mas a Quilmes é a cerveja nacional, a mais popular do país. O famoso litrão de Quilmes é um ícone argentino assim como o Maradona e o doce-de-leite(Pssss não conte para os argentinos que é da Inbev). Então sente em qualquer bar de esquina de Buenos aires e peça sua Quilmes. Olha não quero ser chato mas provavelmente sua Quilmes não virá gelada como você esta acostumado a tomar cerveja no Brasil. Aqui não existe aquele porta cerveja de isopor que estamos acostumados e conseguir uma cerveja estupidamente gelada é uma façanha e tanto. Eu realmente me emociono quando vou a um lugar e trazem aquele copo saído do freezer cheio de escarcha e cerveja gelada. Tem uma rede de pizzarias aqui que embora a pizza seja gostosa, não é nada de outro mundo e vou lá sempre, principalmente no verão porque é o único lugar da cidade que tem aquela geladeira da Brahma que gela a cerveja a -2 graus.


Submarino







Bebida deliciosa que consiste em uma taça de leite fervendo e uma barra de chocolate. Basta pegar a barra de chocolate, jogar dentro da taça e esperar derreter. Tá pronto! Se vier acompanhado com os tradicionais churros ou media luna (croissant) melhor ainda! Um lugar tradicional da cidade para tomar essa maravilha é a confeitaria La Giralda, que fica na Av. Corrientes 1453 (bem no centro, a metros do Obelisco). O lugar é um clássico da cidade, funciona desde 1970, tem umas mesas de mármore branco e um ambiente agradável com janelas bem amplas que permitem acompanhar o movimento da rua. Não deixe de pedir os deliciosos churros como acompanhamento. Outros lugares legais para tomar um submarino são o Café Tortoni e a Confiteria Las Violetas (ver post).


Moscato








Quer se sentir realmente portenho por algumas horas? Basta caminhar pela Av. Corrientes assobiando Volver, Caminito, Cambalache ou algum outro tango clássico, entrar em uma das tantas pizzarias que tem pela avenida, bater no balcão de madeira e pedir moscato, pizza e fainá. Pronto! Já pode usar chapéu de aba larga e lenço no pescoço. Sos un guapo más, como dizem por aqui.
A fainá é uma massa de grão de bico que aqui comem junto com a pizza (junto mesmo, cortam no formato da pizza e colocam por cima). O moscato é um vinho doce, pouco fermentado, com um perfume floral e de baixa graduação alcoólica. A bebida e a pizza são tradições italianas, mas na Itália não se juntam, só aqui mesmo. Pois é, nada mais portenho que moscato, pizza e fainá!





Espresso









Já escutei muita gente aqui em Buenos Aires louvar seus Cafés, dizem que são os melhores do mundo. Existem café notáveis (alguns com mais de 100 anos) tombados pelo patrimônio histórico da cidade, cafés moderninhos adeptos do artte latte (ver post). Realmente os cafés com as mesas na calçada fazem parte da paisagem e da cultura da cidade. Mas o nome Café nesse caso é o estabelecimento, o que no Brasil chamamos cafeterias. Mas qual é o Café daqui que faz o melhor café? Existe uma disputa acirrada mas os dois que vão na dianteira por uma cabeça de vantagem são:
Florida Garden (Florida 899) - Tradicional local na Rua Florida, o blend de café La Esmeralda, feito especialmente e exclusivamente para o local permanece inalterado desde os anos 60 e a máquina de café também é dessa época. Se for ao Florida Garden não deixe de pedir o mousse de chocolate (sem dúvida nenhuma o melhor da cidade).
Bar Le Caravelle (Lavalle 726) - Tem uma fachada que não chama a atenção de nenhum turista, fica em plena Lavalle (o outro grande calçadão do centro, o primo pobre da Florida) rodeado de cinemas, lojas de bugigangas e restaurantes simples. É um local com mais de 70 anos de antiguidade, um dos bares notáveis de Buenos Aires, que viu a cidade se transformar a sua volta. Logo entrando no local somos recebidos com um forte e delicioso aroma a café. O local é frequentado por um público local fiel e chama a atenção a ausência de turistas (não tem página web, facebook e quase não é mencionado na internet). Não existem mesas nem garçons, todo consumo é feito no próprio balcão.  



Therma

Deu para perceber que o pessoal aqui gosta de bebidas amargas. Essa é com certeza a mais amarga de todas. Feita a base de ervas e não alcoólica essa bebida assim como a erva-mate tem origem indígena. Índios que habitavam o sudoeste da América do Sul preparavam uma bebida a base de ervas silvestre maceradas, com reconhecidas propriedades energéticas e vitalizantes. Aldo Fertoni, filho de imigrantes italianos que chegaram a localidade de San Rafael, província de Mendoza no fim do século 19, chegou a provar essa bebida indígena em sua infancia e ficou fascinado por suas propriedades. Com as tribos desaparecidas e junto com elas essa receita milagrosa, Fertoni nunca conseguiu a receita original e decidiu que ia descobrir por si próprio. Um autodidata nato, estudou química industrial por correspondência e reuniu os 28 diferentes tipos de ervas que cresciam em sua região serrana, passando horas e horas em seu laboratório até dar em 1931, com a fórmula a qual batizou Amargo Serrano. A empresa cresceu bastante e hoje em dia existem diversos sabores, misturados com suco de limão, pomelo e variedades feitas com ervas nativas de cada região Argentina (patagônia, cuyo) alem de versões light. Geralmente por ser muito amargo se consume na proporção de 1/4 de terma e 3/4 de água.


Clericó


É uma bebida bem leve e refrescante que o pessoal aqui costuma tomar nas festas ao ar livre, principalmente nas festas de fim de ano. A bebida costuma ser servida em jarras e os ingredientes são frutas cítricas, vinho branco ou rosado, cidra ou champanhe. Nos últimos anos essa bebida foi reinventada pelos bartenders portenhos e passou de ser uma mistura de qualidade duvidosa (vinho branco barato, frutas de lata e muito açúcar) consumida em festas familiares a ser uma das bebidas preferidas nos bares da moda. Com ingredientes frescos e bebidas de qualidade, alguns também ousam e dão um toque gourmet acrescentando flores, especiarias, ervas frescas, pepinos e outros ingredientes não tradicionais. Acabei de ler seu pensamento! Você não vai esperar vir a Buenos Aires para provar essa bebida, esta louco para impressionar seus amigos e vai fazer um clericó casero! Segue uma receita para ficar bem na fita:
CLERICÓ
2 pêssegos
2 maças
1 pera
1kiwi
1/2 k de morango (Se conseguir frambuesa também fica show)
3 laranjas
3 rodelas de abacaxi
Acúcar (não exagere para não arruinar o sabor delicado das frutas)
1 garrafa de espumante ou champanhe
1 copo de calda de pêssegos ou abacaxi

Limpar as frutas e cortar para que fiquem cubos do mesmo tamanho. Acrescentar o espumante ou champanhe, a calda e o açúcar, misturar bem e colocar na geladeira. Antes de servir deixe no freezer para que fique bem gelado. Não use gelo (coitado do champanhe).